O Câncer de Endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes. Acomete, principalmente, mulheres após a menopausa, no geral acima dos 60 anos. Cerca de 20% das mulheres com câncer de endométrio estão na fase de pré-menopausa e menos de 5% estão abaixo dos 40 anos de idade.
O risco de desenvolvimento de câncer do corpo do útero aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos. Porém, outros fatores podem ser considerados de risco:
- Predisposição genética;
- Excesso de gordura corporal;
- Diabetes mellitus;
- Dietas com elevada carga glicêmica (carga glicêmica representa a quantidade e a qualidade dos carboidratos. Assim, uma alimentação rica em produtos processados e ultraprocessados aumenta o risco de desenvolver este tipo de câncer);
- Hiperplasia (crescimento) endometrial;
- Falta de ovulação (deixar de ovular) crônica;
- Uso de radiação anterior para tratamento de tumores de ovário;
- Uso de estrogênio (hormônio feminino) para reposição hormonal, após a entrada na menopausa;
- Menarca (primeira menstruação) precoce;
- Menopausa (quando a mulher deixa de menstruar) tardia;
- Nuliparidade (nunca ter engravidado ou ter tido filhos);
- Síndrome do ovário policístico;
- Síndrome de Lynch.
Caso não seja reconhecido a tempo, o tumor pode atravessar o miométrio, aumentando o risco das células malignas alcançarem os linfonodos da pelve e do abdômen, podendo invadir os órgãos vizinhos: vagina, colo do útero, ovários, reto, sistema urinário e o interior do abdômen. Porém, raramente, as células podem atingir vasos sanguíneos e se disseminar para os pulmões, fígado e ossos.
Entre os sinais mais frequentes, estão: hemorragias, manchas, corrimentos, dor pélvica e perda de peso. Cerca de 90% das pacientes diagnosticadas com câncer de endométrio têm sangramento vaginal, como sangramento entre as menstruações ou após a menopausa.
O câncer de endométrio é um tumor que oferece grandes chances de cura para a maioria das mulheres, se diagnosticado em estágios iniciais, por isso, converse sempre com o seu médico sobre a necessidade de realizar exames preventivos ou de diagnóstico por imagem, como a ultrassonografia e ressonância magnética da pelve com contraste, sendo este último, uma excelente ferramenta para estadiar o câncer de útero.
Se você tem 40 anos ou mais, ou está na fase de pré-menopausa ou menopausa, converse com o seu médico e fique atenta aos sinais e sintomas do seu corpo.